terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mentiras

Algumas vezes me pergunto o para que de tantas coisas.
Para que escrever um poema
se o que eu escrevo não me traz alegria?
Para que escrever um poema se o que escrevo são coisas minhas?

Se o que escrevo não lhe faz sentido,
para você são apenas palavras,
Para mim são tentativas, expectativas, sentimentos que tento transcrever.
Me entenda.

Não, você não me entende,
assim como eu não te entendo.
Para que eu insisto em coisas que não vão acontecer?
Para que finjo que estou feliz,
se você vê que eu não estou?
Se você sabe que é mentira quando digo que está tudo bem?

Se o que eu quero não tem a ver com muitas pessoas.
São coisas minhas, mentiras minhas, e eu não tenho obrigação de dividir com ninguém.
Eu sei que algumas vezes eu preciso dizer o que eu sinto.

Mas nem sempre estou preparada para dividir o meu peso com alguém.
Eu simplesmente prefiro afundar sozinha.
Quem sabe um dia eu confie o suficiente em alguém para carregar metade do que eu sinto.

Não, não agora

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